apressam-se as horas e os minutos, numa lenta espera por um sorriso teu, por um pequeno olá, um apenas como estás... sei bem que não me espera tal, mas espero eu talvez ouvi-lo! e ainda acredito eu nestas coisas...
não faço ideia do que se passe, para onde olhas e caminhas; sei que não o é neste sentido contudo, pois não deixei de olhar para ti enquanto partias, direcção a esse ponto em que o horizonte te trocou por mim. agora já não te vejo, mas mantenho-me inerte; talvez seja so da vista cansada, talvez estejas já aí à frente, mas sem os meus olhos se aperceberem. nestas alturas, deixo o julgo ao coração; esse contudo, também não sabe de ti, também não te sente perto, nem sequer te sabe viva...
sempre que me distraio de um ou outro afazer, lá vens tu com a minha memória, num joguinho que é só vosso, em que eu apenas posso assistir, ao qual me é negado participar. não sei como conseguiste fazê-la tua aliada, pois ela comigo (a memória) já não falava faz tempo... agora junta-se a ti, para sessões constantes de porrada psicológica, às quais eu já não me defendo, pelas quais me vou deixando intimidar.
escreve-se assim a minha historia presente, sem um momento de carinho, um qualquer amparo a uma realidade que não desejei.
de ti não faço eu ideia; apenas espero q encontres o caminho de volta a casa...
ZÉ
Espiões e futeboladas ...
Há 1 dia
